
A coleção foi inspirada na obra “Autobiografia do Vermelho”, da escritora canadense Anne Carson, nas ideias do filósofo alemão Schopenhauer sobre o amor e a identidade, e em obras intimistas da artista plástica brasileira Regina Parra.


Os plissados, marca registrada da Neriage, continuaram presentes, mas em uma reinterpretação que explorava novas texturas, babados e fendas laterais, conferindo um movimento e leveza.


O toque de sportswear veio com os bonés, acompanhados de lenços plissados na parte de trás, além da jaqueta bomber, estufada, usada com calça ampla de barra afunilada, dentro da tendência de calça Aladim, que está chegando forte para as próximas estações.


A pluralidade dos tecidos fluidos e plissados incorporou tricôs e explorou diferentes acabamentos para criar uma sensação de profundidade e complexidade nas peças. A silhueta apresentou peças longilíneas e assimétricas, com uma abordagem que buscava criar um verão “sexy” e ao mesmo tempo sofisticado, com um olhar voltado para o conforto e a versatilidade.





Megas volumes acompanhados de alfaiataria descontruída, algumas peças com cortes que lembravam cortes; de quimonos remodelados, de jeans (material introduzido recentemente na cartela da marca) com aparência dupla, vestidos tipo chemises, camisas curtas, compridas, largas, além de saias com detalhes transparentes.

“A coleção ‘Autobiografia’ também representa um pouco da minha vida, dos remendos e experiências que todos vivemos. Nascemos, crescemos, nos machucamos, nos curamos”, explicou a estilista no material de divulgação.
POR FRANCISCO MARTINS – COLUNISTA DE MODA
NERIAGE I AUTOBIOGRAFIA I VERÃO 2026 @neriage_


