O curador e idealizador da exposição é Adriano Espínola Filho.
A exposição é ancestral, pré-histórica, didática, interativa, virtual, realidade aumentada e multimídia.
O público que visita a exposição tem a sensação de estar entrando em cavernas pré-históricas, com paredes de tom roxas, repletas de figuras estilizadas inspiradas na arte rupestre, e ali se encontram por meio da realidade virtual, produto de grafismos.
A arte rupestre não pode ser transportada, nem datada. Temos acesso a esses vestígios por meio de visitas aos parques arqueológicos onde se encontram, ou por meio de fotos. Esse é o caso da exposição, que possibilita a um público amplo observar, conhecer e refletir sobre as preciosidades presentes em nossas cavernas.
A exposição é simples e modesta, mas grandiosa na sua proposta de produzir conhecimento e divulgar a arte rupestre que se encontra nos sítios arqueológicos do Brasil, bem como relacioná-la com as teorias de ocupação humana do continente americano. Busca valorizar a nossa origem, as nossas ancestralidades.

O curador teve o mérito de nos apresentar as fotografias da arte rupestre produzidas pelo próprio quando ele pode observar com os próprios olhos nas cavernas visitadas em diversos parques arqueológicos de distintas regiões do Brasil. No caso da exposição, as imagens apresentadas são dos seguintes espaços: Parque Nacional da Serra da Capivara, Piauí; Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, Minas Gerais; Complexo Arqueológico de Monte Alegre, Pará. Portanto, fruto das suas viagens pelo sudeste, norte e nordeste.
Além de fotografias, o curador se utiliza de vídeo, como o documentário Arte Rupestre de Monte Alegre.
A outra parte da exposição diz respeito à história do povoamento das Américas. Além do vídeo já mencionado, o curador se utilizou de mapas, em que ele colocou o mapa do continente americano no centro para mostrar com mais ênfase como se deram as migrações humanas para as terras americanas. Nesta parte, ele utilizou as modernas tecnologias por meio de tablets e a realidade ampliada. Ademais, utilizou como ferramenta didática o vídeo O Último Chão da Terra.

A terceira parte da exposição diz respeito à realidade virtual. O público tem a possibilidade de ingressar em quatro cavernas com pinturas rupestres, onde lhe são disponibilizados óculos de realidade virtual para ver a projeção. No nosso ponto de vista, é o momento de ápice da exposição, quando somos levados aos nossos ancestrais, numa caverna iluminada à luz do fogo. Criativa e original!
A exposição é voltada para um público amplo, dos pequenos aos mais velhos, mas sobretudo para os alunos das escolas das redes pública e privada. A linguagem didática e simples, e a sua intensa interatividade, nos leva a reforçar o convite para visitar a mostra.
Arte Rupestre e Realidade Virtual é uma exposição que associa arte, ciência e tecnologia; um bonito conjunto de fotografias da arte rupestre; e a interatividade e a criatividade como peculiaridades.
Excelente produção de artes plásticas!