“Da minha avó, costureira, e da minha mãe, que queria ser estilista. É uma realização. Fala sobre afeto e raízes”.






Na coleção, Guilherme apresenta roupas com toques de boemia e referências ao interior do Brasil. Para tanto, contou com o auxílio de oito artesãos de diferentes lugares do país. Um dos casacos é uma contribuição da matriarca, feito com reaproveitamento de tecidos ao longo de quatro meses. A base da Casa Paganini é a alfaiataria, com vazados e recortes. O conjunto que abre o desfile, por exemplo, revela uma camada de tecido quadriculado por baixo.







O estilista não quer mostrar apenas ao que veio, mas de onde veio. As construções assimétricas das jaquetas, camisas e blazers, bem como a bermuda com vincos e bolso que desce em espiral são reflexos da passagem pelo curso de arquitetura, antes de se formar em design de moda. Contudo, ainda requerem refinamento e um visual distinto. Imagem e discurso são parecidos demais com aqueles da Misci, etiqueta já com boa entrada no mercado (e fanbase).






O masculino foi o ponto alto da coleção RAIZES, ao misturar alfaiataria com casual e street, com o exercício de modelagem.

POR FRANCISCO MARTINS – COLUNISTA DE MODA
CASA PAGANINI I COLEÇÃO RAIZES I GUILHERME DUTRA
@casa.paganini