Através da histórica expedição realizada por dois homens emblemáticos do início do século XX, a peça NAS SELVAS DO BRAZYL busca uma nova forma de compreender as relações entre humanos e natureza, e a origem do povo brasileiro. A peça convida o público a uma reflexão sobre temas urgentes como mudanças climáticas, diversidade e ancestralidade. A peça cumpre temporada no Centro Cultural Banco do Brasil RJ de 10 de outubro a 30 de novembro.
As figuras históricas de Theodore Roosevelt Jr. (1858-1919) e do marechal Cândido Mariano da Silva Rondon (1865-1958) personificam dois arquétipos: o do homem branco estrangeiro colonizador e a do homem militar pacifista engajado na construção de uma ideia de nação, tendo descoberto e nomeado rios, montanhas, vales e lagos, além de implantar mais de cinco mil quilômetros de linhas telegráficas nas florestas brasileiras.
A partir das memórias desta expedição, a peça imagina tudo aquilo que não foi dito entre Roosevelt e Rondon – o acerto de contas entre um ex-presidente estadunidense e um conhecido sertanista brasileiro, militante na defesa dos direitos indígenas e na exploração responsável do território brasileiro.
“NAS SELVAS DO BRAZYIL retoma um acontecimento histórico para o nosso país, o encontro do presidente Theodore Roosevelt com o Marechal Cândido Rondon. O que me chama atenção nesse encontro é que ele é um encontro pouco falado, pouco narrado e pouco conhecido. Nesse sentido, a dramaturgia investe num exercício de imaginar, especular o que teria acontecido entre os dois. A dramaturgia também pensa que há nesse encontro uma síntese de processos históricos importantes, feridas históricas importantes para o nosso país como, por exemplo, a ideologia do progresso e do desenvolvimento, todo processo de colonização, de subalternização do Brasil, dependência do Brasil em relação os Estados Unidos – processos que hoje cobram o seu preço e se pronunciam em nossas vidas de modo muito visível e avassalador.”, explica Pedro Kosovski, dramaturgo.
Temas como o etnocentrismo, a postura colonizadora do homem branco em relação à floresta e seus povos, a hegemonia geopolítica dos EUA sobre Brasil, são abordados pelos personagens em um diálogo aberto e franco.
“Estamos cada vez mais desabrigados. O palco é suficiente para nos salvar? Não sei, mas sempre acreditei, e continuo acreditando, que o teatro é uma possibilidade de transformação da experiência da existência. Assim vamos nos agregando com nossos pares, da cena e de fora da cena, e sustentando a ilusão de que há potência de construção de uma outra possibilidade diferente daquela do deserto provocado pela voracidade humana. Talvez não seja uma ilusão!”, reflete o diretor, Daniel Herz.

SINOPSE
Dois atores embarcam no desafio de encenar a célebre expedição do Marechal Rondon e do ex-presidente dos EUA Theodore Roosevelt pelo mítico Rio da Dúvida, no início do século XX. À medida que a narrativa avança, os limites entre atores e personagens se dissolvem, arrastando-os para dentro da própria selva. Entre especulações sobre a expedição histórica e os anseios do presente, a floresta revela seus riscos e os sinais das mudanças climáticas que ameaçam o futuro de todas as espécies.
A FLORESTA COMO PROTAGONISTA
Ao recriar esse encontro histórico de Roosevelt e Rondon, NAS SELVAS DO BRAZYLtem como protagonista a floresta amazônica. A dramaturgia de Pedro Kosovski, baseada em pesquisa histórica, resgata as biografias dos dois personagens e, sobretudo, uma imagem de um país: o Brasil da Velha República expandindo as fronteiras do progresso e seus “expedicionários” colonizando a desconhecida selva. O olhar retrospectivo permite vislumbrar os efeitos nocivos que o modelo colonizador imprimiu sobre o meio ambiente e os povos originários.
ENCONTROS E CONVERSAS COM O PÚBLICO
O projeto promove debates ao final das sessões, mediado por pessoas que ajudem a elucidar questões levantadas pela peça, como lideranças indígenas e especialistas nas políticas indigenistas lideradas por Rondon, historiadores e ambientalistas que falem sobre o real perigo da savanização da Floresta Amazônica e sobre os perigos das mudanças climáticas.
FICHA TÉCNICA
Idealização: Gustavo Gasparani
Texto: Pedro Kosovski
Direção: Daniel Herz
Elenco: Gustavo Gasparani e Isio Ghelman
Iluminação: Aurélio de Simoni
Cenografia: Dina Salem Levy
Figurino: Wanderley Gomes
Trilha Sonora: Marcello H
Preparação Corporal: Márcia Rubin
Design Gráfico: Luciano Cian
Fotos de Divulgação: Nil Caniné
Assistência de Direção: Carol Pucu
Assistência de Cenografia: Alice Cruz
Coordenação Administrativo-financeira: Cacau Gondomar
Performance e Rede social: Lead Performance
Produção Executiva: Luciano Pontes
Coordenação de Produção: Ártemis
Direção de Produção: Sérgio Saboya e Silvio Batistela
Produção: Idarte Produções Artísticas
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil
Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany
SERVIÇO
ESTREIA: de 10 de outubro (6ªf), às 19h
ONDE: Teatro I do CCBB RJ / Centro Cultural Banco do Brasil RJ
Rua Primeiro de Março, 66 / Centro, RJ Tel: (21) 3808-2020 | ccbbrio@bb.com.br (mais informações em bb.com.br/cultura)
HORÁRIOS: 5ª a sab às 19h e dom às 18h / INGRESSOS: R$30 e R$15 (meia), na bilheteria do CCBB ou no site bb.com.br/cultura / HORÁRIO BILHETERIA: de quarta a segunda, das 9h às 20h / CAPACIDADE: 159 lugares / DURAÇÃO: 70 min / GÊNERO: drama contemporâneo / CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 anos / TEMPORADA: até 30 de novembro
Centro Cultural Banco Do Brasil
Rua Primeiro de Março, 66, Centro, Rio de Janeiro/RJ
Contato: 21 3808-2020 | ccbbrio@bb.com.br
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Funcionamento: De quarta a segunda, das 9h às 20h (fecha às terças).
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