Depois de 10 anos afastado dos palcos, Osmar Prado está de volta em um texto clássico e contundente do espanhol Rodolf Sirera, um dos dramaturgos contemporâneos de maior renome na Europa.
No palco divide a cena com o premiado ator Maurício Machado, dirigido por Eduardo Figueiredo (diretor de inúmeros sucessos de público e crítica no teatro nacional).
Uma obra reconhecida e premiada em vários países, uma espécie de thriller que trata de temas importantes e atuais. O texto propõe uma reflexão pertinente sobre a ética, estética, as máscaras das convenções sociais, o jogo do poder, em suma, a necessidade de autoconhecimento tão latente em todos nós, dentro dos limites da realidade e da ficção.
O texto de Sirera já foi traduzido para o inglês, francês, italiano, eslovaco, polonês, grego, português (de Portugal e do Brasil), croata, húngaro, búlgaro, japonês, entre outros idiomas. Foi encenado em mais de 62 países (Espanha, Inglaterra, França, Venezuela, Polônia, Grécia, Porto Rico, Argentina, México, Estados Unidos e Japão, etc), e coleciona prêmios mundo afora. Sempre em cartaz em algum país desde então, recentemente reestreou na Espanha e Argentina, depois de ter excursionado por alguns países, com grande êxito de público e crítica. O que explica parte de seu sucesso: vitalidade e contemporaneidade.
Em cena dois atores premiados, num vibrante duelo: o renomado ator Osmar Prado e o experiente Maurício Machado.
O espetáculo, escrito na década de setenta após a ditadura de Franco no início do processo democrático na Espanha, se passa na França em 1784, pré-revolução francesa, ressaltando o período neoclassicista.
Nesta nova versão brasileira, a peça assume uma postura atemporal, inspirada na década de 20 em Paris.
“Es una obra interesante, un juego dialéctico sobre ser y representar. Es una fábula moral, un thriller en torno a lo que es el arte”, conta o autor.
“Em um momento com tantas adversidades, em que o homem apresenta sérios sinais de retrocesso e barbárie, a obra de Rodolf Sirera nos apresenta uma importante reflexão sobre civilidade, poder e até onde pode ir a crueldade do ser humano”, diz o diretor Eduardo Figueiredo.
O espetáculo é todo pontuado com música ao vivo executada pelo violoncelista Matias Roque Fideles e tem direção musical de Guga Stroeter.
A montagem que teve pré-estreias em Belo Horizonte e Brasília, em janeiro, com casas lotadas e sessões extras, agora termina a sua temporada de São Paulo com sucesso de público e crítica. E após uma breve turnê em abril (Belém, Goiânia e Porto Alegre) enfim chega ao Rio de Janeiro no dia 02 de maio de 2024 no Teatro Firjan SESI Centro.
“O Veneno do Teatro cria envolvente suspense com Osmar Prado e Maurício Machado em jogo afiado. Os dois atores criam um jogo sofisticado e surpreendente.”
Miguel Arcanjo, crítico/ jornalista/ jurado APCA, SP
“O texto de Sirera oferece dois grandes personagens, de perfis e estruturas diferentes, que são defendidos com garra pelos intérpretes.
O Veneno do Teatro, na concepção de Figueiredo, é uma peça de ideias, um daqueles espetáculos que deseja provocar o público com um texto que revela camadas inesperadas. A opção de levar ao palco a obra de Sirera prova a conexão de Figueiredo com o seu tempo na escolha dos projetos.”
Dirceu Alves Jr., jornalista, escritor e crítico de Teatro/SP
“O carisma de Osmar Prado é inigualável. Seu personagem é dúbio e possui uma fina camada de idiossincrasia. Sua paixão pelo teatro o leva ao limite da razão. A atuação de Maurício Machado vai crescendo numa espantosa velocidade e robustez. Entendemos, nesse momento, a escolha do parceiro. Dois gigantes, cada um de seu tempo.”
Eliana de Castro, crítica de Teatro/SP
Sinopse:
Um ator é convidado pelo excêntrico Marquês para interpretar uma peça teatral de sua autoria (inspirada na morte de Sócrates). Um encontro entre o Marquês (Osmar Prado), um nobre aristocrata egocêntrico que, de forma surpreendente, passa a controlar através de um jogo psicológico o outro personagem, o ator Gabriel de Beaumont (Maurício Machado).
Depois de muitas surpresas no decorrer do espetáculo, o Marquês revela-se um psicopata capaz de qualquer coisa para atingir seu objetivo.
SERVIÇO
O Veneno do Teatro
Texto: Rodolf Sirera
Tradução: Hugo Coelho
Direção: Eduardo Figueiredo
Elenco: Osmar Prado e Maurício Machado
Músico: Matias Roque Fideles
Direção Musical e Trilha: Guga Stroeter
Cenário e figurinos: Kleber Montanheiro
Desenho de Luz: Paulo Denizot
Em cartaz de 02 de maio a 02 de junho
Quintas e sextas às 19h
Sábados e domingos às 18h
Local: Teatro Firjan SESI Centro
Endereço: Av. Graça Aranha, nº 1, Centro, Rio de Janeiro, RJ
Classificação etária: 14 anos
Ingresso: R$ 40 (inteira) | R$ 20 (meia)
Canal de venda: Sympla ou na bilheteria do teatro
Duração: 70 minutos
Elenco:
Osmar Prado é um dos mais prestigiados atores brasileiros. O artista recebeu vários prêmios, incluindo três Prêmios APCA, um Prêmio Guarani, dois Prêmios Qualidade Brasil e um Troféu Imprensa.
Osmar se consagrou como um dos maiores atores do teatro e da teledramaturgia brasileira, sendo um dos nomes mais recorrentes nas produções da TV Globo.
No cinema, se destacou no filme ‘Desmundo’ (2003), como Francisco de Albuquerque, pelo qual recebeu sua primeira indicação ao Prêmio Guarani de Melhor Ator Coadjuvante. Interpretou o presidente Getúlio Vargas no filme biográfico ‘Olga’ (2004), recebendo elogios por sua atuação, que lhe rendeu o Prêmio Qualidade Brasil de Melhor Ator Coadjuvante em Cinema. Em ‘10 Segundos para Vencer’ (2019), Osmar recebeu aclamação por sua atuação como o treinador Kid Jofre. Por esse papel, ele foi eleito Melhor Ator pelo Festival de Gramado e venceu o Prêmio Guarani de Melhor Ator Coadjuvante.
Em sua carreira se destacou diversas vezes por sua versatilidade na atuação. Entre seus papéis notáveis nesse período, incluem-se o dependente químico Lobato em ‘O Clone’ (2001), o divertido Margarido em ‘Chocolate com Pimenta’ (2003), o Pai na antológica minissérie ‘Hoje É Dia de Maria’ (2005), o poderoso Cícero em ‘Ciranda de Pedra’ (2008) e o coronel Epaminondas Napoleão em ‘Meu Pedacinho de Chão’ (2014). Seu último trabalho de sucesso foi na novela ‘Pantanal’, (2022), da TV Globo, em que deu vida ao Velho do Rio.
Maurício Machado, em seus 36 anos de carreira, acumula diversas indicações aos principais prêmios nacionais. Na televisão integrou o elenco de seis novelas e tendo sido dirigido pelos principais nomes do país nas artes cênicas, em mais de 30 montagens teatrais. Protagonizou textos de importantes autores brasileiros e estrangeiros. Participou de vários curtas-metragens e na TV interpretou personagens de destaque em ‘Alma Gêmea’, ‘Cama de Gato’, ‘Cordel Encantado’ e ‘A Lei do Amor’, todas na Rede Globo de Televisão. ‘Cidadão Brasileiro’, na Rede Record, e Chiquititas’, no SBT.
Fez dupla com Ingrid Guimarães em quadro do ‘Fantástico’. Participou da série ‘O Outro Escritor’ para o Canal Futura. Participou dos longas ‘Magal, e os Formigas’ e ‘Mulheres Alteradas’, ambas coproduções da Globo Filmes. É sócio-diretor e curador artístico do Teatro J. Safra, em São Paulo.
Recebeu Prêmio Nacional Cenym (ATEB – ACADEMIA DE ARTES NO TEATRO DO BRASIL) / melhor ator – 2019 pela sua performance no espetáculo “Um beijo em Franz Kafka”.