A abertura do desfile foi com vestido de lã com seda risca de giz – inverno -primavera, híbrido de estações que faz você olhar para o desfile com outros olhos.
Foto em reprodução da marca.




E, apesar da cartela super urbana acinzentada, que justificada o lado invernal. A primavea floresceu em argolas coloridas e estampas.

Macacão com argolas que surge sob o casaco com lapelas marcantes. A malha de argolas e entrelaçados com o quê fetichista sobreposta a tricô caretinha. Dicotomias da vida contemporânea, que se contrapõem e se completam, ao mesmo tempo.




A primavera floresceu nos veludos de seda estampados com motivos florais. As texturas foram outro ponto alto do desfile, bem representadas nos cashmeres, que ganharam efeito destroyed e adornados com cristais.

Alexandre tem um passado underground e seguindo o caminho natural da vida foi abandonado a faceta clubber para incorpar o lado corporativo, com cargos de CEO ao de estilista-criativo. Isso fica nítido nos scarpins repousados que foram possivelmente usados na noite passada – trocados por tênis de corrida em parceria com a Olympikus.






Os vestidos com ares imperiais, armados e volumosos em cetim duchese revelam seu lado mais lúdico, o inesperado micro vestido com estampa chinoiserie com fio de ouro foram imagens bem poéticas, transgressoras e clássicas, como Herchcovitch bem domina e provoca. Merece destaque: as aberturas abaixo das nádegas, uma fenda inesperada – trabalho inteligente, único e com um quê de rebeldia que ele não deixa de lado.


Texto e Montagem – Francisco Martins – Jornalismo de Moda
CASA DE CRIADORES – SP – COLEÇÃO INVERNO – PRIMAVERA 2024 – ALEXANDRE HERCHCOVITCH @herchcovitchalexandre