O tenor Eric Herrero, atual Diretor Artístico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, é natural de São Paulo. Iniciou seus estudos musicais no Conservatório Musical Debussy. Foi aluno de Antônio Garófalo e da Maestrina Vânia Pajares até passar a se aprimorar com o soprano húngaro Sylvia Sass. Desde 2009, vem ao Rio de Janeiro para se apresentar em grandes óperas, mas chegou definitivamente à cidade maravilhosa, em 2017. Casado com o soprano Flávia Fernandes, integrante do Coro do Municipal, é pai de Rodrigo, de três anos. Herrero também foi sempre uma voz importante para a cultura nacional – é Conselheiro Estadual de Política Cultural do Rio de Janeiro e, recebeu os títulos de Cidadão Honorário da Câmara de Vereadores da capital e, recentemente, o título de Embaixador do Turismo do Rio de Janeiro.
Eric tem uma longa trajetória nos palcos nacionais e internacionais. Dá uma olhada no currículo dele.
Vencedor do VII Concurso Brasileiro Maria Callas, Eric Herrero canta com regularidade nas principais salas de espetáculo do país. Dentre os mais de quarenta personagens em sua carreira, vale destacar Roberto (Le Villi – G. Puccini) no Theatro Municipal de São Paulo, Cavaradossi (Tosca – G. Puccini) e Don José (Carmen – G. Bizet).
No Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Andrea Chénier no Palácio das Artes de Belo Horizonte, Boris (Katia Kabanová – L. Janáček) e Maurizio di Sassonia (Adriana Lecouvreur – F. Cilea), no Theatro São Pedro de São Paulo, e Lisandro (A Midsummer Night’s Dream – B.Britten) junto a OSB Ópera & Repertório. Na América do Sul, interpretou Princ na estreia argentina de Rusalka (A. Dvořák), junto a Buenos Aires Lírica. Sua estreia no Teatro Solís de Montevidéu se deu como Bacchus (Ariadne auf Naxos – R. Strauss) e no Chile, na Gala Lírica do Festival Internacional de Ópera Laguna Mágica.
Foi um dos cantores convidados pelo Theatro Municipal de São Paulo para a celebração dos 90 anos da Semana de Arte Moderna de 1922. Participou da estreia europeia de Pedro Malazarte (Camargo Guarnieri) no Feldkirch Music Festival/ Áustria. De seu repertório sinfônico, destacam-se Die erste Walpurgisnacht, Elias e Lobgesang de F. Mendelssohn, Nona Sinfonia e Missa Solemnis de Beethoven, Messa da Requiem de Verdi, Te deum de Bruckner, Maria Zeller Mess de Joseph Haydn, Theresienmesse de Michel Haydn, El pesebre de Pablo Casals.
O tenor possui também importantes estreias nacionais em seu curriculum, dentre elas, Florencia en el Amazonas de Daniel Catán, Ça Ira de Roger Waters e Poranduba de Villani-Côrtes, no Festival Amazonas de Ópera, Le Rosignol de I. Stravinsky no Theatro Municipal de São Paulo, Jenufa (versão Brno.) no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e Katia Kabanová no Theatro São Pedro/SP. Interpretou ainda o papel-título de Les Contes d’Hoffmann (J. Offenbach), no TMRJ.
O artista e diretor artístico do Theatro Municipal carioca está fazendo uma gestão com a preocupação em democratizar o acesso ao público em um dos mais importantes teatros do Brasil. Desde a abertura da temporada de 2022, o Municipal tem casa cheia com, ao menos, 90% de público, e vários dias de ingressos esgotados. Todos os espetáculos são antecedidos de palestras no Salão Assyrio, com temas relativos ao programa. Em junho próximo haverá a volta do balé Macunaíma, com música especialmente composta por Ronaldo Miranda e a participação do Ballet do Theatro Municipal, título pedido por inúmeras pessoas nas plataformas virtuais do Theatro.
O Theatro Municipal do Rio de Janeiro lançou ainda o podcast Municipal para Você, totalmente gratuito, levando a todos conteúdo de alta qualidade de forma didática e simples. Eric está bastante entusiasmado com esse projeto: “Estamos na segunda temporada do Municipal Para Você, o primeiro Podcast da história do TMRJ, com grande sucesso. Mais uma maneira do Theatro estar próximo de todos, de uma forma rápida e prática, levando curiosidades e bastidores da nossa programação, através de entrevistas e diálogos com os artistas de nossa temporada, abordando importantes temas relacionados aos títulos que o TMRJ apresentará. Cantores, bailarinos, maestros, diretores, figurinistas, maquiadores… os mais importantes profissionais do meio de forma acessível e democrática”. – conclui.
Recentemente Eric Herrero foi eleito Vice-Presidente do Conselho Estadual de Políticas Culturais do Rio de Janeiro.