Autor: Alex Varela

Alex Gonçalves Varela é historiador, professor do Departamento de História da UERJ, e autor de diversos enredos para escolas de samba, tendo sido autor dos enredos campeões do carnaval de 2006 e 2013. É autor de livros e artigos.

A curadoria é de Cecilia Fortes. A exposição é bonita, colorida, crítica, reflexiva e ecológica, apresenta por meio das artes plásticas a preocupação com a degradação ambiental e a crise climática. O conjunto das obras apresentadas deixa transparecer a sensibilidade dos artistas com uma questão contemporânea central para a preservação da vida no planeta Terra: o aquecimento radical global. Os artistas conseguiram exibir, por meio da sua arte, a percepção que os mesmos têm da referida problemática. E Cecilia Fortes soube escolher telas sublimes, de extremo bom gosto, e com um colorido variado. São produções que sensibilizam e alertam para as transformações…

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A soprano Georgia Szpilman foi a protagonista da apresentação, narrando a trajetória de vida da maestrina de forma poética, simpática e descontraída. Além de assumir a função de narradora, Georgia também foi a responsável por cantar as canções de Chiquinha, realizando de forma notável, com um timbre suave, delicado e afinado. Mas, Georgia não cantou apenas. Ela também interpretou com uma técnica perfeita, e emocionou. Ela transbordou emoção, contagiando a todos os presentes. O repertório apresentado iniciou com a polca Anita, seguindo com Machuca, A Corte na Roça, Mulatinha, Meditação, A Feijoada, A Rapariga, Lua Branca, Corta-Jaca, Água de Vintém,…

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A mostra apresenta obras inéditas do artista brasiliense Antonio Obá. A curadoria é de Fabiana Lopes. A exposição busca explorar a conexão do artista com as suas origens e a influência da terra, o cerrado, em sua criação artística, aproximando-o de sua ancestralidade e existência. Antonio é nascido na cidade satélite de Ceilândia, em Brasília, onde reside e trabalha. Ele tem os seus pés enraizados no cerrado brasileiro. Visualiza-se na exposição um conjunto de esculturas, pinturas, instalações, desenhos e um filme performance, que apresentam um conjunto diversificado de linguagens, e deixam transparecer a relação do artista com o cerrado e…

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O curador da exposição é Milton Guran. A exposição visa celebrar o edifício do CCBB RIO, importante prédio na história da cidade do Rio de Janeiro. Registra-se que no ano de 2024 o CCBB-RIO completou 35 (trinta e cinco) anos de existência. A exposição inicia com uma porta cenográfica de um cofre, e nela há a exibição de imagens externas feitas por um drone do edifício e suas adjacências. Ao adentrarmos o espaço, observamos a reprodução cenográfica das grades de ferro presentes no edifício. O edifício da rua Primeira de Março, 66, está localizado na outrora chamara Rua Direita, que foi…

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A exposição apresenta as formas como a arte produzida no Brasil ao longo das décadas de 1930 a 1980 incorporou questões colocadas pela condição de subdesenvolvimento do pais. Diversos artistas brasileiros estavam preocupados com aquilo que mais caracterizava e afligia boa parte da população do país. E, reagiram ao conceito de subdesenvolvimento, endossando ou contestando, por meio das suas produções. A mostra apresenta a produção artística de mais de vinte artistas brasileiros que buscaram fazer da sua arte um trampolim para compreender e combater a condição de povo subdesenvolvido. A exposição inicia no andar térreo, no hall de entrada, onde se…

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A idealização e performance é de Fábia Mirassos. O texto da chilena Cláudia Rodriguez é crítico, denunciador, potente, questionador, reflexivo, mas também expressa afeto, carinho, amor, poesia. É um texto escrito por uma dramaturga travesti para uma atriz travesti, que entende do corpo travesti, das suas questões, das suas demandas, do seu mundo, dos seus conflitos. A dramaturgia da peça fala sobre a liberdade travesti em poder dialogar, sem estar presa às amarras da sociedade, e assim se libertar do patriarcado. É um texto humano, que clama pelo direito das travestis de exercerem a sua liberdade, de criar novos imaginários,…

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O segundo espetáculo da Companhia tem como título O Babauzeiro. É um espetáculo de teatro de mamulengos que remonta à origem da Carroça de Mamulengos (CM). Narra como tudo começou trazendo bonecos que deram origem à Trupe. Realiza-se uma viagem ao túnel do tempo, em que a travessia nos leva ao começo de uma história, à origem, a construção da genealogia. O Babauzeiro insere-se no que se chama de teatro de bonecos, integrado pelos brincantes da cultura popular. Carlos Gomide, criador da CM, recebeu das mãos do seu mestre paraibano Antônio do Babau os primeiros bonecos, como Benedito, e mantém a…

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A realização é do Sesc Tijuca, numa parceria entre o Dança em Trânsito, Espaço Tápias, Instituto Ziraldo, e Ziraldo Arte e Produções. O texto redigido por Fernando Caruso é lúdico, educativo, musical, emotivo e cultural, tem como mote celebrar a vida e a obra do mineiro Ziraldo. Este é apresentado por meio de suas diversas faces: criança, cartunista, advogado, apresentador de TV, poeta, jornalista e escritor, além dos icônicos personagens. Portanto, a trajetória do indivíduo é apresentada por sua diversidade e pluralidade, em que todos os personagens do elenco interpretam uma de suas facetas. Além da trajetória, o texto traz…

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A idealização é de Pedro Osorio. O texto narra o encontro entre Henrique, interpretado por Pedro Osorio, presidente de uma empresa de mineração, e Rafael, interpretado por Augusto Zacchi, um jornalista. Eles já se conheciam há algum tempo. O encontro entre os dois acontece com o objetivo do jornalista realizar uma entrevista com o CEO da empresa para investigar os motivos que ocasionaram a tragédia de rompimento da barragem da mineradora, fato que acabou por ceifar inúmeras vidas humanas.  A dramaturga Daniela Pereira de Carvalho confere ao encontro para a realização da entrevista um espaço de intenso debate, marcado pelo…

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O espetáculo é protagonizado por Luiz Machado. A dramaturgia é de Regiana Antonini que redigiu um texto que passeia pela loucura e a lucidez de um indivíduo que tem sua vida transfigurada em consequência de um plano econômico da era Collor. O texto deixa transparecer o lado cruel da vida política de um país, que no início da década de noventa era afetado pelo “monstro da inflação” e inúmeros planos econômicos governamentais foram adotados com medidas as mais inescrupulosas possíveis e que, muitas das vezes, penalizavam a vida dos cidadãos. Anderson é um indivíduo de classe média, bem sucedido, que…

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