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Chico Vartulli

A minha entrevistada é a doutora em políticas públicas, professora, fundadora do projeto Uerê, Yvonne Bezerra de Mello

Chico VartulliPor Chico Vartulli2 de junho de 2024Atualizado:2 de junho de 2024Nenhum comentário8 Minutos lidos
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Uma foto exclusiva para a coluna, de Yvonne Bezerra de Mello.
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Um curto perfil da educadora Yvonne Bezerra de Mello.

A educadora Yvonne Bezerra tem um vasto currículo:
• Graduação e Doutorado pela faculdade de Letras, Filologia e Lingüística, da Sorbonne, Paris – 1970;
• Escola de Línguas e Administração, Lisboa, Portugal, 1977;
• Doutorado e Especialização em políticas públicas, UFRJ, Rio de janeiro, Brasil – 1998;
• Doctor Humanae Letters, Loyola University of Chicago – 1999;
• Correspondente na Rádio Sueca – emissões para o Brasil – 1975;
• Coordenadora do programa sueco para crianças deficientes em Lisboa, Portugal, 1977;
• Intérprete do Mercado Comum Europeu – Lisboa, Portugal – 1977 a 1981;
• Vice-presidente do Solidarité France –Brésil, Rio de Janeiro, 1982 a 1985;
• Vice- Presidente da Casa da Cidadania, Morro Dona Marta, Rio de Janeiro, 1993 a 1995;
• Presidente da Casa da Paz em Vigário Geral – 1995 a 1998;
• Fundadora do Projeto Uerê, Coordenadora Executiva – 1998;
• Conselheira de Direitos Humanos do Tribunal penal Internacional, 1999 a 2001;
• Presidente do projeto UERE – 1998 a 2005;
• Cronista da rádio CBN, 1999 a 2001,
• Conselheira da “ City to the Culture of Peace “ desde 2004 (França e USA);
• Membro do Conselho da organização LISTEn. Inglaterra – novembro de 2015;
• Coordenadora do programa “Jovens” do Ministério do Trabalho e Emprego ( Brasília) – 1996/2000;
• Criadora da metodologia UERE-MELLO para crianças com traumas constantes e problemas de aprendizado- 2000;
• Consultora da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro desde 2008 –2012. Implementação da pedagogia Uerê-Mello nas Escolas do Amanhã;
• Consultora da UNESCO – 2013 – Implementação da pedagogia Uerê-Mello nas Escolas do Amanhã;
• Membro da Comissão da Criança e do Adolescente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) 2013;

Foi agraciada com vários prêmios nacionais e internacionais, como:
• Prêmio Nacional de Direitos Humanos, Brasília, 1995;
• Prêmio Cidadania Mundial, São Paulo, 1996;
• Prêmio 50 mulheres que mudaram o mundo, Zimbabwe 1996;
• Prêmio Jabuti de Literatura 1996 – São Paulo;
• Prêmio Personagem Cidadania, UNESCO, Associação Brasileira de Imprensa e Folha Dirigida – RJ, 2006;
• Medalha Tiradentes – ALERJ – 2013;
• Comenda do governo francês, a Légion d’ Honneur – setembro de 2014;
• Prêmio Chiquinha Gonzaga de Direitos Humanos, Câmara dos Vereadores Rio de Janeiro, 2014;
• Prêmio e Comenda de Direitos Humanos D. Helder Câhjmara no Senado federal- nov de 2015;
•Prêmio “The Best Educator ” 2016 – Parlamento Francês.

Dentre as obras publicadas por Yvonne, podemos mencionar:
• As Ovelhas Desgarradas e seus Algozes, Premio jabuti de Literatura 1995 (Civilização brasileira);
• Para Mim Chega, 1997 – Editora Record;
• Série infantil CIDADANIA, 1998 – Editora Civilização Brasileira;
• Crianças traumatizadas pela Violência, 1998, Universidade do Rio Grande do Norte;
• Romance “Águas que me Dançam”, 2004 – Editora Francisco Alves;
• Coleção “ Saber do Uerê “ 12 livros didáticos da metodologia Uerê-Mello 2008/2009;
• Pedagogia Uerê-Mello I – Ensino alternativo para crianças com problemas de aprendizado -2010;
• Pedagogia Uerê-Mello – livro II  – 2014;
Romance Voragem – 2022;
Relações Tardias – 2021.

Além de vários filmes, dentre eles:
• Warrior of Light – Documentário de 90 min, Alemanha, diretor Monica Treut – 2000;
• Ônibus 174 – Diretor Bruno Barreto – 2004;
• 20 Femmes extraordinaires – 2011 – Documentário – Televisão Francesa – 2012;
• 100 Mulheres que curam o mundo  – 2013- Diretor Emmanuel Ittie – USA-  2011;
• Zona Norte, documentário de 90 minutos, Alemanha,  dirigido por Monika Treut.

Portanto, Yvonne é uma mulher letrada, emponderada, conceituada, e uma referência mundial no trabalho com a educação infantil.

Em foco – Quando despertou em você o interesse em olhar para a infância do Brasil?

Yvonne Mello – Meu primeiro trabalho voluntário foi com crianças cegas em 1960 no Instituto Benjamim Constant no Rio de Janeiro. Minha mãe era muito consciente das diferenças na sociedade brasileira e educou meu irmão e eu a compreendê-la e fazer tudo o que podíamos para diminuir a disparidade entre classes. Eu já nessa época era uma leitora voraz principalmente de filosofia e sociologia. Aos 18 anos fui estudar em Paris onde fiz mestrado e doutorado.  Minha tese foi ” Problemas Cognitivos em crianças nos países e guerra. Toda minha pesquisa foi em cinco países africanos onde retornei mais tarde como professora.

Em foco – Como se deu o processo de criação da Escola Uerê, no Complexo da Maré?

Yvonne Mello – O Projeto Uerê foi a realização de um sonho antigo. Abraçada aos sobreviventes da chacina naquela noite prometi que nunca abandonaria nem a eles nem aos meus planos de um dia ter uma escola. Com eles nas ruas, tinha uma ” escola sem portas nem janelas “. Depois da chacina, eu trabalhei com eles num espaço no centro da cidade, debaixo de um viaduto. Perto dali havia uma favela de rua e as crianças dali se juntaram naquele lugar. Ali fiquei de 1993 a 1997. A favela em questão foi transferida para o Complexo da Maré e eu os segui. Consegui uma sjuda para comprar a primeira casa. E, em 1998 fundei o Projeto Uerê.

Em foco – Quais são os principais objetivos e atividades do projeto? Quais são as crianças que integram o projeto?

Yvonne Mello – Meu principal objetivo foi ter um espaço onde as crianças e adolescentes conseguissem aprender suplantando suas dificuldades cognitivas que adquiriram pela violência constante. Nessa época já tinha escrito minha pedagogia que aplicava nas ruas com os grupos com os quais trabalhava. O Uerê é uma escola completa com matérias curriculares ensinadas no nosso método e integradas ao programa temos: laboratório de TI, escola de música, futebol, escola de arte, escola de fotografia, filosofia, oficina de leitura e literatura, sociologia e pensamento crítico, oficinas de plasticidade cerebral e velocidade mental.
Uma parte de nossos alunos  chega com grande defasagem escolar e a pedagogia consegue acelerar o aprendizado.

Adolescentes do grupo que Yvonne atendia em Madureira, um cabraabraço com muito amor.

Em foco – Qual é a metodologia aplicada na Escola Uerê?

Yvonne Mello – Chama-se Pedagogia Uerê-Mello e tem um outro olhar para como ensinar com una nova gestão em sala de aula, com a ajuda da neurociência, e a neuroeducação respeitando o tempo de concentração e foco respeitando as faixas etárias. Trabalhamos em sala de aula e em cada matéria a memória, concentração, foco, agilidade mental e velocidade cerebral, emoção, memória, raciocínio, coordenação. Além de dez inteligências. O ensino se faz em periodos curtos e aulas de cinquenta minutos foram abolidas, assim como cópia no quadro.
Fomos escolhidos pela Unicef como uma das seis melhores pedagogias do mundo para crianças e adlescentes em vulnerabilidade social.

Em foco – Você também aplicou a metodologia de ensino da Uerê em países europeus, em função dos inúmeros refugiados que esses países recebem. Como tem sido esse trabalho?

Yvonne Mello – A pedagogia se mostrou efetiva na alfabetização em crianças e adolescentes refugiados em países como Alemanha, Suécia e Itália principalmente.

Em foco – Um historiador renomado argumentou que temos um Estado brasileiro construído, mas não há ainda uma nação brasileira completamente construída, sobretudo porque a exclusão é uma das marcas da nossa sociedade. Muitos ainda nao estão incorporados à nação. Como você avalia a questão da exclusão social?

Yvonne Mello – A exclusão social é cultural. No meu entender é necessária para que continuemos com a diferença entre classes e etnias, perpetuando um sistema político ultrapassado e cruel com privilégios de castas que se perpetuam no poder num sistema de capitanias hereditárias cada vez mais forte na política. Ele tem razão. Não somos ainda una nação e cada vez mais afogados numa violência crescente. Nos últimos cinco anos, 35.000 crianças, adolescentes e jovens foram assassinados no país num genocídio pouco falado. Pessoas de periferia e a maioria afro-descendente.

Ela com alunos da escola onde teve durante quatro anos beirando o canal do Mangue cuidando dos necessitados.

Em foco – O ano de 2023 marca os vinte anos da chacina da Candelária. Numa visāo retrospectiva, como você avalia aquele acontecimento nos dias de hoje? Qual a reflexão que você apresenta?

Yvonne Mello – Esse ano foram os 30 anos da Chacina da Candelária que envergonhou a cidade. Não vi e não vejo grandes mudanças qualificadas à proteção de crianças e adolescentes no país. As leis existem, mas não são cumpridas e muito menos implementadas.

Dia de operação na Maré. Protegendo a criança que entrou em convulsão com medo do tiroteio.

Em foco – Quais são os seus projetos futuros?

Yvonne Mello – Meus planos futuros são continuar com o Projeto Uerê, que é o modelo da pedagogia, e continuar a formar professores pelo mundo afora. E, que o MEC um dia possa reconhecer a pedagogia e que possamos ser uma escola de fato.

Em foco – Como você avalia a situação dos educadores no contexto brasileiro? Vale a pena ser educador em terras brasileiras? Comente.

Yvonne Mello – A profissão de professor é exaltada em grande parte dos países. Aqui é missão, é amor, é resiliência e perseverança. Vale a pena.

Fotos: Arquivo pessoal/Divulgação 

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Chico Vartulli
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Arquiteto, dedicado a interiores, com pós-graduação em Berlim e curso de decoração em Londres, amante da arte e cultura.

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