Looks com extensa gama cromática compõem a nova coleção de Lino Villaventura desfilada na noite de domingo na SPFW 58.





Ampliando a gama de tecidos – algodão e seda com bases tecnológica e sintética. O náilon refletivo que vai da cor cinza à prata dependendo da incidência de luz. Nem mesmo ele escapou da inventividade do designer, que fez do material mosaico de bandeiras em camisa e top masculinos, além de agasalho e saia. As saias, aliás, ganharam protagonismo nos looks para eles.




O trabalho manual único inclui nervuras, plissados de larguras variadas, bordados e patchwork. Os botões no seu minucioso exercício manual. repleta de tons exuberantes como das pedras preciosas e variações esmaecidas, além de preto e branco.






Apesar do processo ser o mesmo, o estilista ressalta a importância de não se repetir nas coleções. “Quando você cria um estilo muito próprio, é preciso ter muito cuidado para mantê-lo, sem cair na mesmice”, fala ele. Para isso, aposta em materiais como o náilon biodegradável para arrematar vestidos em tons de verde, rosa, roxo e amarelo flúo.





Nas criações femininas, o estilista investiu em assimetrias, volumes, sobreposições e modelagem em viés. Em contraste com as peças requintadas que misturam várias técnicas artesanais, vieram túnicas praticamente lisas, mas que fazem efeito sensual-sofisticado sobre o corpo.





“Pedaços de tecido e eles te levarem por um caminho que você nem sempre sabe onde vai dar, mas vou encaixando de uma maneira que se tornam numa roupa escultural”. O vestido branco em camadas usado por Anttónia que abre o desfile foi construído exatamente assim, como boa parte dos vestidos longos e médios com pontas assimétricas ou versões mini, armadas na região do quadril para criar volumes ou efeitos de dobradura.



A influência asiática ao longo da coleção, evidenciada pelos vestidos que se assemelham a quimonos. Em patchwork de tecidos com delicados bordados e ornamentos que remetem à cultura japonesa, são os looks mais desejáveis do show. “A grande inspiração, na verdade, é a vontade de fazer e de ver que moda não é só a roupa em si, mas um conceito que você criou e conseguiu executar durante o seu percurso”.




Volumes nos quadris, pontas assimétricas, transparências nos lugares certos, brilho, botões e bordados artesanais.

Texto e Montagem – Francisco Martins – Jornalista de Moda
COLEÇÃO VERÃO 2025 – LINO VILLAVENTURA @linovillaventura