Uma história de amor entre irmãos, unidos pela diferença. Este é o tema da peça Azul, da renomada e premiada Cia Artesanal de Teatro, sucesso absoluto nos fins de semana do Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro. Com sessões lotadas, o novo espetáculo dos diretores de teatro Gustavo Bicalho e Henrique Gonçalves, da Artesanal, vai de encontro às diferenças: trata do seio familiar e das dificuldades em lidar com uma criança especial com TEA (Transtorno do Espectro Autista). Para contar a história de forma assertiva, os artistas tiveram uma ajuda especial de Cris Muñoz, atriz, palhaça, pesquisadora e professora, que prestou consultoria para acessibilidade e inclusão. Esta peça é um início para se colocar em prática um trabalho visando amenizar a vida de quem se vê em situações com pequenos neuroatípicos, com Transtorno de Espectro Autista, dentro de espaços destinados à cultura.
Cris Muñoz é doutora e desenvolve uma pesquisa em arte e inclusão. Autista, ela também é mãe de uma menina autista. Segundo Cris, ao abordar de maneira positiva, lúdica, sem discriminação ou romantização a questão do autismo, o espetáculo está propondo um olhar de respeito ao sujeito, de humanização das diferenças e respeito à diversidade. ”A família é parte indissociável da vida, nela construímos afetos, construções, aprendemos comportamentos e partilhamos momentos que irão fazer parte do nosso entendimento sobre nós mesmo enquanto indivíduos e enquanto grupo com o qual nos identificamos”, reflete. “Azul” terá uma sessão de acessibilidade em libras em data ainda a ser confirmada pela produção do espetáculo.
Azul estreou no dia 13 de maio no CCBB e a temporada vai até o dia 6 de agosto, sempre aos sábados e domingos, às 16h, no Teatro III do CCBB Rio de Janeiro. Ingressos a R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia entrada). O espetáculo ainda circulará pelos CCBBs de Brasília, Belo Horizonte e São Paulo. O Banco do Brasil realiza e patrocina o projeto.