O que seria esse melhor? Jeans – em um momento incerto, sempre ressurgem como um recurso certeiro – mas também muita alfaiataria, obviamente, com direito a veludo, paetê e acetinados. Tem um cheirinho anos 70 para arrematar. As calças amplas de lã merecem menção especial.
As peças desde casuais, como jeans relaxados combinados com casacos e camisetas, até visuais mais formais, incluindo sobretudos de lã e boinas que lembram o estilo noir – estilo cinematográfico que se caracteriza por clima de mistério e sensualidade.
A alfaiataria esteve presente com boa parte em veludo, uma tendência que promete ser forte para a temporada, e smokings com detalhes acetinados e broches decorativos.
A coleção também trouxe blazers de abotoamento duplo em versões nada tradicionais, mostrando que a marca realmente ousou até nos detalhes.
Os tricôs e blusas com gola alta idem. As golas, aliás, devem ganhar destaque na composição dos looks – seja pelo tamanho, seja pela textura. Aqui, elas aparecem felpudas (de pele falsa). A combinação de jeans com alfaiataria também é uma aposta quase certeira. Mais ainda são as calças pregueadas com caimento solto.
Os casacões de pele, as jaquetas estruturadas, as parcas jeans com golas felpudas, os suéteres e as bolsas grandalhonas mantiveram o protagonismo, mas, desta vez, ganharam a companhia do animal print em versão oncinha, dos óculos com armações pesadas, das boinas e da risca-de-giz reinterpretada.
O brilho tão adorado por Domenico e Stefano foi confinado num blazer de paetês bordô e na alta joalheria vista no select de gala da label. Elementos novos na alfaiataria com ternos com lapelas arredondadas e destacadas, e dos smokings criados nos moldes dos superclássicos e arrematados por broches exagerados e cravejados de pedras preciosas. Eis o luxo exibido no melhor estilo D&G.
Texto e Montagem – Francisco Martins – Jornalismo de Moda
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