Seu primeiro livro foi lançado pela editora Caras, “Profissão Viajante”. Na noite de autógrafos o evento reuniu mais de três mil pessoas. De Beth Carvalho, Carolina Dickman ao Embaixador Britânico. Uma noite que contou com a inconfundível voz de Iris Lettieri que se tornou famosa anunciando partidas e chegadas no GIG que intimava os convidados a embarcarem numa viagem que faria inveja a Phileas Verne em a “Volta ao Mundo em 80 dias”. A seguir uma rápida entrevista com o querido viajante.
Em foco – O que te inspira a viajar?
João Ricardo – Sempre tive uma mente curiosa e aberta. Adoro encontrar pessoas e conhecer diferentes culturas.
Em foco – Qual o seu país favorito e por quê?
João Ricardo – Alguns lugares realmente se destacam para mim. São eles: Iran, Uzbequistão, Filipinas… são lugares fascinantes e interessantíssimos. Acredito que a combinação de culturas, pessoas diferentes e paisagens inusitadas criam lugares imperdíveis.
Em foco – Existe algum país que você ainda não visitou e gostaria de conhecer?
João Ricardo – Eu nunca visitei o Butão e o Nepal. Mas eles já fazem parte dos meus planos, mal posso esperar para explorar estes dois países em breve.
Em foco – E os dois lugares mais incríveis que já visitou?
João Ricardo – Hummm… Difícil escolher dois. Mas vamos lá… A Mongólia, tanto a estepe quanto o deserto de Gobi, é tão perfeita que você se sente em um conto de fadas e a Indonésia, é memorável, das idílicas praias de areia branca aos vulcões furiosos, a adrenalina da selva e os hospitaleiros locais.

Em foco – Que tipo de personalidade é necessária para ser um aventureiro?
João Ricardo – Honestamente qualquer um pode ser, só depende da sua disposição e do desejo de fazê-lo. Essa é a única coisa que pode fazer você continuar. É claro que nem sempre é fácil, às vezes pode ser desconfortável, por isso você precisa de um amor verdadeiro em querer descobrir o mundo. E posso te garantir que você não vai se arrepender, vai enriquecer sua memória para sempre além de alargar o seu repertório de histórias para contar.
Em foco – Onde foi o melhor lugar, mais incrível que você já dormiu?
João Ricardo – Poderia dizer o lago Terkhiin Tsagaan Nuur na Mongólia, as praias do oceano Índico em Moçambique e as praias da Indonésia, por exemplo.
Em foco – Suas viagens nunca terminarão?
João Ricardo – Espero que não! Eu posso desacelerar temporariamente, mas quando você nasce um aventureiro, você simplesmente não consegue colocar seu inseto viajante para dormir por muito tempo.
Em foco – Você percorreu uma quilometragem enorme e conheceu tantas pessoas interessantes, além da aventura! Algum país de destaque para o qual você deve voltar?
João Ricardo – Uhummm. Eu me apaixonei por tantos lugares. A China é uma das minhas prioridade para eu voltar. Não tive tempo de explorar o país nas três vezes que estive lá e sei que há muito mais para explorar, pois é um pais enorme e com uma cultura muito rica. O Tadjiquistão também é um país para o qual devo voltar, há montanhas maravilhosamente altas apesar de ser problemático devido à altitude.
Em foco – O que está no horizonte agora para você, João?
João Ricardo – Espero que venham muitas mais aventuras e viagens, continuar minha jornada pela Asia, em outubro Nepal e Butão e no próximo ano Vietnã, Laos e Camboja.
Em foco – Uma palavra para descrever seu desejo de viajar.
João Ricardo – Não sei, mas se eu contar a alguém sobre meus planos de viagem, eles acabam me chamando de “A Bird”.

Em foco – Tem algum lugar que você gostaria de ir, mas que seja muito difícil?
João Ricardo – O Iemén. Eu gostaria de conhecer Sanaa, tem uma arquitetura única e harmônica. Mas infelizmente devido aos conflitos internos eles não recebem mais turistas.
Em foco – Quais são suas considerações sobre viajar sozinho ou em casal ou em grupo?
João Ricardo – Depende da sua mentalidade. Ir sozinho tem algumas vantagens: sem discussões, sem concessões e silêncio nos momentos certos. Mas para mim é muito importante ter uma pessoa com quem refletir as experiências positivas e negativas. Você pode compartilhar através da mídia social hoje em dia, mas isso não é a mesma coisa de estar junto experimentando as mesmas sensações… como ao presenciar um pôr do sol espetacular. Finaliza, João Ricard.
Fotos: Arquivo pessoal/Divulgação