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Chico Vartulli

Entrevista com a artista visual e super talentosa  escultora, Geórgia Gioconda Aguillar

Chico VartulliPor Chico Vartulli14 de outubro de 2025Nenhum comentário7 Minutos lidos
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Geórgia Aguillar, escultura e a "A Carne é Fraca na Galeria Firenze.
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Chico Vartulli – Olá Geórgia! Seu pai era o pintor Gilberto Aguillar e sua mãe uma pesquisadora de arquitetura, arte e design. Qual foi o legado deles para a sua trajetória como artista?

Geórgia Aguillar – Crescer cercada por arte me influenciou de muitas formas, sobretudo na formação intelectual, mas o olhar da minha família foi essencial para que meu talento fosse estimulado e desenvolvido com acesso à base e aos materiais necessários. Do contrário, talvez não tivesse acontecido. Desde a primeira infância eu já demonstrava esse dom, desenhando e colorindo em qualquer superfície, até mesmo em papel de pão (risos).

Minha mãe foi minha maior incentivadora. Lembro dela me ensinando a combinar cores e a colorir dentro das linhas do desenho. Meu pai permitia que eu usasse seus materiais de pintura, e ao observá-lo em seu ofício pintei meus primeiros quadros. Além de pintor, ele também esculpia portas monumentais em madeira e criava móveis rústicos. Algumas dessas peças foram para projetos de Zanine, e cheguei a acompanhar entregas. Ficava fascinada com aquelas arquiteturas em vidro que revelavam o mar através das paredes. A escolha imediata da madeira como matéria-prima conceitual das minhas esculturas nasceu dessas memórias afetivas. Costumo dizer que ela faz parte do meu DNA.

Apesar desse universo mágico, não tive uma infância comum. Vivemos momentos muito desafiadores, um deles quando nossa casa foi atingida por um incêndio criminoso e eu tinha apenas cinco anos. Depois desse episódio, pintei um quadro em guache com as cores primárias que retratava um palhaço triste com a mão sobre o coração. Desde os três anos eu já pintava a óleo, usando os tons baixos da paleta do meu pai, mas esse palhaço refletia minha perda. Eu adorava palhaços e, por isso, escolhi essa imagem para me representar. No verso, a assinatura com meu nome completo revelava uma criança que aos cinco anos já era alfabetizada com letra perfeita e amadurecida pela vida.

Minha mãe colecionava livros e materiais sobre arte, design e arquitetura, formando um acervo que foi minha verdadeira escola. Ser filha de artista não garante influência — como não influenciou meus irmãos —, mas, para quem tem interesse, é um legado de riqueza cultural. Cresci em um lar com obras de outros artistas, antiguidades, boa música e móveis icônicos do design. Na época eu não tinha consciência, mas tudo isso estava formando meu olhar e minha sensibilidade artística.

Sempre morei na zona sul carioca, mesmo mudando muito de casa, e vivi intensamente o auge cultural dos anos 70, 80 e 90. Essa experiência também lapidou meu trabalho. O uso de linhas geométricas desde as primeiras pinturas é uma característica nata da minha arte. Linhas que migraram das telas para as esculturas em madeira, onde aplico conceitos arquitetônicos de peso e equilíbrio. Isso também se reflete nas peças de design que crio, que chamo de ArtObjeto. Acredito que as mudanças bruscas da vida lapidaram minha sensibilidade, meu talento autodidata e, consequentemente, a construção da minha identidade artística.

Série “Teoria do Nó”, movimento 02, madeira.

Chico Vartulli – Além dos seus pais, você teve em sua família outra artista, sua madrasta, a pintora Myrian Medeiros. Qual foi o legado dela para a sua trajetória?

Geórgia Aguillar – Sim. Minha madrasta, que considero como outra mãe, teve um papel importante tanto na minha formação artística quanto pessoal. Começamos a conviver quando eu tinha apenas seis anos. Na área artística, foi fundamental. Diferente do meu pai, que preferia que eu seguisse a carreira de marchand, a Myrian me incentivou a ser artista. Ela me ensinou técnicas e me apresentou a galeristas que trabalhavam com ela, sobretudo nas décadas de 80 e 90.

Chico Vartulli – Qual foi a importância da sua experiência no ateliê do artista Roberto Magalhães?

Geórgia Aguillar – O período em que morei na casa do Roberto foi transformador. Eu tinha 16 anos, passava por um momento familiar difícil, e fui convidada pela sobrinha dele, da mesma idade, a viver no casarão do século XVIII onde ele morava. Era um lugar mágico, com sete quartos e paredes cobertas por enormes pinturas de figuras distorcidas e cenários fantásticos, além de obras de Rubens Gerchman e outros artistas. Ali também aprendi sobre esoterismo, arte de civilizações antigas e tive meu primeiro contato com a fotografia conceitual, quando Roberto me deu acesso à sua coleção da revista Photo dos anos 70. Foi nesse universo da arte contemporânea que descobri meu caminho.

Chico Vartulli – Quais são as características do seu fazer artístico?

Geórgia Aguillar – Apesar de ter crescido no meio de artistas, sempre busquei criar algo diferente, que não fosse apenas reflexo da minha linhagem familiar. Por muito tempo assinei apenas Geórgia Aguiar, deixando de lado o sobrenome do meu pai, justamente para evitar que minha trajetória fosse vista como uma influência óbvia.

Minha maior característica é me desafiar tecnicamente e retirar o espectador da função apenas contemplativa, levando-o a questionar desde o processo de dobrar a madeira até reflexões sociais mais amplas. O aperfeiçoamento constante, sem perder minha identidade própria, também é uma marca do meu trabalho.

Série “Mais amor, por favor”, aço corten.

Chico Vartulli – Qual foi a importância do contato que você teve com a obra de Lygia Clark?

Geórgia Aguillar – Na época em que trabalhava como marchand, com um escritório de arte em Belo Horizonte, fui apresentada a um herdeiro de Lygia Clark que pretendia vender seu acervo. Minha especialidade eram escultores modernistas — Brecheret, Ceschiatti e Bruno Giorgi — e também artistas concretos e neoconcretos. Para representar esse acervo também como curadora, mergulhei profundamente na obra de Lygia Clark.

Nenhum artista foi tão fascinante ou dialogou tanto com meu processo criativo. Percebi como o autoconhecimento e a abertura sensorial do olhar do espectador podem transformar a arte. Entendi que minhas linhas geométricas poderiam ser liberadas das pinturas e se tornar esculturas. Mesmo como marchand, nunca deixei de ser artista, mas por muitos anos coloquei meu talento em segundo plano, já que a negociação da arte de outros era minha base econômica. Entre os anos 90 e 2003 tive galeria e escritório de arte em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro, construindo uma carreira sólida e reconhecida.

Chico Vartulli – Como se deu a passagem da pintura para a escultura?

Geórgia Aguillar – O contato com a obra de Lygia Clark, a partir de 1997, foi determinante. Conheci outros artistas, abri minha visão e meus caminhos, e isso acionou canais sensoriais que eu não conhecia. Essa vivência aperfeiçoou meu olhar e me levou a expandir a pintura para a escultura.

Série ” Entre o Silêncio e o Sopro”, aço carbono pintado.

Chico Vartulli – Qual é o conceito que você utiliza nas esculturas em madeira criadas por você?

Geórgia Aguillar – As esculturas em madeira nasceram de uma vontade de transmutar a árvore em novas formas. A madeira carrega uma memória ancestral, e ao cortar, dobrar e suturar suas superfícies, eu não apenas crio um objeto, mas proponho uma nova pele, um novo corpo. É um gesto que une afeto, crítica e reconstrução. Essas obras trazem curvas, cortes e dobras que dialogam com a geometria, mas também evocam emoções. Elas exploram o limite entre peso e leveza, equilíbrio e instabilidade. Há sempre a intenção de gerar uma experiência sensorial: convidar o espectador a se aproximar, a sentir a tensão entre o que está prestes a se mover e o que permanece sólido. O conceito central é o de um corpo em transformação, que ao mesmo tempo revela feridas e cria possibilidades de cura.

Chico Vartulli – Quais são os seus projetos futuros?

Geórgia Aguillar – Meus projetos atuais e futuros se dividem em diferentes frentes. Estou ampliando esculturas monumentais em aço corten e aço pintado, destinadas a espaços públicos e arquitetônicos, como praças, jardins e projetos urbanísticos. A série Mais amor, por favor trabalha a ideia do abraço e da conexão, enquanto Teoria do Nó explora tensões e vínculos que sustentam nossa existência.

Estou desenvolvendo também a exposição A Carne é Fraca, pensada em núcleos que incluem as séries Suturas, Correntes e Entre Céu e Terra. Essa mostra será uma experiência imersiva, com ambientação cênica, recursos sensoriais e acessibilidade para pessoas com deficiência, incluindo QR codes e obras interativas. Além disso, sigo produzindo projetos que unem arte e design, como as luminárias e estruturando portfólios para apresentação em editais, construtoras e instituições culturais. Minha meta é expandir a circulação das obras, tanto no Brasil quanto internacionalmente, em espaços onde a arte possa dialogar diretamente com o público.

Fotos: Arquivo pessoal/Divulgação 

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Arquiteto, dedicado a interiores, com pós-graduação em Berlim e curso de decoração em Londres, amante da arte e cultura.

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