Sortiĺégio significa magia, encantamento.
A ópera narra a história da relação entre uma mãe e o seu pequeno filho. Traz o tema da infância para o centro da produção artística.
O filho é um menino levado, desobediente, que não atende às solicitações de sua mãe. Ela lhe havia mandado fazer as lições de casa da escola. Ou seja, cumprir com as suas obrigações, aprender a ter responsabilidades. Mas, ao deixar se levar pela preguiça, ele assim não procedeu. Ao ver que o menino desobedeceu às suas ordens, ela o colocou de castigo, deixando-o sozinho a tarde toda na sala.
Irritado com a determinação da mãe, o menino tem um ataque de fúria, e começa a fazer inúmeras maldades com os objetos e animais que estão ao seu redor. De repente, os objetos começam a se movimentar, e a comentar as má-criações do garoto. E, assim vai: sofá, poltrona, cadeira, o relógio, a xícara, o bule, e, inclusive, o fogo da lareira. Eles se tornaram sortilégios (objetos mágicos) personificados, e passam a perseguir o menino, para tentar conseguir aquietá-lo.
Cansado e amedrontado, o menino deita a sua cabeça sobre o livro de história rasgado. Dele sai a Princesa, por quem ele se apaixonou, e o velho aritmético, que o enlouqueceu com tantos números e contas. Exausto, ele caiu.
A noite, aparece também o gato, e formam um dueto.
Por sua vez, no jardim, o menino encontra as rãs, que cantarolavam.
O menino sai de casa. Encontra as árvores, a libélula, o morcego, entre outros. O esquilo avisa aos animais que o menino é perigoso, gosta de fazer maldades. Todos ficaram assustados. E, começaram a dançar e a cantar.
O menino ficou tenso. E, deu um grito chamando mãe. Por sua vez, os animais ficaram alarmados, porque nunca tinham escutado a palavra mãe. Gritam que vão se unir, e lhe dar um castigo severo.
Numa atitude impar, o menino pega o esquilo no colo, lhe cobre com um lenço, e cuida da ferida, que tinha sido ocasionada pela espetada com a caneta que ele tinha dado no animal. De repente, o olhar sobre o garoto muda: ele é bom, é doce.
Os bichos ajudam o garoto a retornar para casa. Ao chegar em sua residência, ele reencontra sua mãe, se sentando ao lado dela e encostando a cabeça em seu ombro. E diz: mamãe!
A mãe é o símbolo de carinho, amor, e proteção. Ela é gentil, e amorosa.
A ópera tem um caráter lúdico, delírio, fantasia. E, na infância, podemos voar na imaginação, nesse mundo colorido, em que objetos e animais ganham vida, cantam, falam, dançam.
E, mais uma vez, o grupo Pequeno Teatro do Mundo nos brinda com um excelente espetáculo! Parabéns pela parceria com o FIL!
Crítica redigida por Alex Gonçalves Varela