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Alex Varela

A Alegria do Palhaço Dá um Laço na Tristeza e Faz o Mundo Ter Esperança de Sorrir

Estreou no teatro do CCBB RIO 3 a peça teatral Fim de Partida.
Alex VarelaPor Alex Varela17 de junho de 2024Nenhum comentário5 Minutos lidos
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Foto: André V.
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O texto redigido pelo escritor islandês Samuel Beckett no ano de 1957 narra a história de Hamm e Clov, presos em um abrigo à beira-mar, enquanto o mundo exterior está prestes a desabar.

Hamm encontra-se bastante debilitado, mal pode se locomover, usa fraldas, e está sob uma cadeira de rodas. O ator Chico Dornellas faz um personagem  intransigente, ordenador, controlador, e repetitivo.

Por sua vez, Clov é seu serviçal, e fica em pé quase o tempo integral da peça. O ator Victor Dhornellas faz um personagem paciente, solicito, atencioso, e nunca nega uma ordem. Atura todas as grosserias de Hamm. Este último não lhe manda embora, e ainda diz que fora do abrigo é a morte, pois o mundo está próximo do fim.

Acompanhando os dois personagens protagonistas referidos no abrigo, há Nagg e Nell, pais de Hamm, interpretados por Joao Santos e Marina Viana, que são mutilados e vivem dentro de dois latões de lixo, inertes, experimentando uma situação de total desconforto, a qual estão submetidos. Eles não deixam Hamm dormir. São barulhentos, e vivem com fome. Estão em fim de partida, no limite de suas condições humanas. Aguardando pela morte.

Os quatro personagens estão à míngua, exclusos, sem luz, sem alimento, sem calmante, sem esperança, sem poesia, sem vida. A eles resta o questionamento da existência humana.

Hamm e Clov estabelecem um diálogo em que impera um tom triste e desencantado do mundo. Deixam transparecer que vivem uma vida ferrada, afirmam que não existe mais natureza, perderam os ideais, e veem a luz morrendo. Clov ao olhar o mundo com a sua luneta verifica que está cinza.

O texto tem esse ar trágico, triste e pessimista. Para suavizar, o diretor Eid Ribeiro trouxe atores palhaços para interpretar o texto beckettiano. Ele buscou amenizar o universo melancólico presente na dramaturgia, e levar alegria. Ainda que não pudessem sorrir mais naquele lugar, os palhaços podiam fazer graça, e mandar a tristeza embora. E, lá estavam eles em meio a latões de lixo, cachorro de brinquedo, e livros. Estes últimos espalham as “luzes” da instrução, e podem salvar o mundo, polindo-o e civilizando-o. No lugar do embrutecimento, a alegria e a magia da vida.

Ainda que o mundo estivesse passando por um momento cruel, eles acreditam que a humanidade está progredindo. Há ainda esperança num futuro melhor. A situação pode ser revertida.

Foto: André V.

Hamm e Clov fazem esforços para conseguir  alegrias, passeando dentro da própria casa ou indo até debaixo das janelas apenas para tomar um pouco de sol. E, Clov ao olhar novamente a janela, começa a observar que o tom cinza começava a desaparecer, e vê a luz dos raios solares irradiar para dentro do abrigo. Ele também escuta o som das ondas do mar. O mundo está no início do fim. A situação ainda pode ser revertida, e a vida (quem sabe) continuar!

Os quatro atores tem uma boa atuação. Dominam o texto e o palco. Transmitem com emoção o texto. Há um esforço intenso de se manter em suas posições, sobretudo os enlatados. São fortes, pois precisam ser robustos para enfrentar o caótico mundo de Beckett.

Quanto ao personagem Hamm, ele está sentado numa cadeira de rodas, e na mesma há um tablet. Ele é intransigente, mas tem um ar jocoso, divertido. Em função dele ler o texto no tablet, a interpretação nos parece um pouco prejudicada. Transpareceu mais leitura, e menos ação interpretativa.

Por sua vez, Clov está impecável em sua atuação. Em pé quase o tempo todo, ele transita pelo palco com maestria, e domínio da dramaturgia. Paciente e solicito, não perde a esperança de que há possibilidade de retornar a um momento anterior de normalidade da vida.

A cenografia criada por Eduardo Félix deixa transparecer um ar escuro e lúgubre. O abrigo está repleto de livros espalhados pelo chão, dois latões de lixo, cadeira de rodas, mesa que vira cama, escada, e cachorro de brinquedo. Nas laterais, as cortinas são em tom cinza cheios de buracos.

Os figurinos também criados por Eduardo Félix são adequados e simples. Hamm está no primeiro ato só de fralda, e com um apito, e um nariz de palhaço na testa. No segundo ato, aparece com uma casaca vermelha. Por sua vez, Clov veste uma calça listrada com ligas, camisa manga longa cinza toda esburacada e suja, e nariz de palhaço.

A iluminação criada por Bruno Cerezoli é bonita, não sofisticada, e adequada as diversas cenas.

O texto foi redigido no ano de 1957, mas se aproxima muito de um período recente que vivemos, a pandemia, quando vivemos o aprisionamento, e a possibilidade do fim do mundo com tantas mortes.

Fim de Partida é uma peça com dramaturgia forte, traz a alegria e a descontração dos atores palhaços, e uma direção consistente.

Excelente produção cênica!

Texto redigido por Alex Gonçalves Varela.

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Alex Varela
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Alex Gonçalves Varela é historiador, professor do Departamento de História da UERJ, e autor de diversos enredos para escolas de samba, tendo sido autor dos enredos campeões do carnaval de 2006 e 2013. É autor de livros e artigos.

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