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Arte

CCBB Rio recebe a exposição A.R.L. Vida e Obra, do fotógrafo e pintor Antônio Roseno de Lima, que transformou lixo em obra de arte

O legado do artista natural do Rio Grande do Norte, com sensibilidade única, poderá ser contemplado a partir de 04 de setembro no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro.
RedaçãoPor Redação1 de setembro de 2024Nenhum comentário10 Minutos lidos
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A exposição “A.R.L. Vida e Obra“, do fotógrafo e pintor brasileiro Antônio Roseno de Lima (1926-1998), entra em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro no dia 04 de setembro de 2024. Com visitação gratuita, esta é uma oportunidade para o público conhecer a produção do artista outsider, natural de Alexandria, RN, que migrou para São Paulo e encontrou na arte a forma de se expressar. Semianalfabeto e morador da periferia de Campinas, A.R.L., como decidiu assinar suas obras, afirmando sua identidade como um cidadão, foi descoberto no final da década de 1980 pelo artista plástico e professor doutor do Instituto de Artes da UNICAMP, Geraldo Porto, que assina a curadoria da mostra. A exposição reúne mais de  90 obras, na sua grande maioria pinturas, principal suporte usado pelo artista. Há ainda à disposição do público 3 três reproduções  em 3D, facilitando a acessibilidade para pessoas com deficiência visual. A mostra, que já passou pelos CCBBs SP, BH e DF, fica no CCBB Rio até 28 de outubro, encerrando sua temporada.

O pintor tirou da sua própria realidade a inspiração para criar obras que são reflexo da mais pura e encantadora Art Brut, termo francês, criado por Jean Dubuffet, para designar a arte produzida livre da influência de estilos oficiais e imposições do mercado da arte, que muitas vezes utiliza materiais e técnicas inéditas e improváveis. Seus temas centrais foram autorretratos, onças, vacas, galos, bêbados, mulheres e presidentes. Apesar das condições precárias em que vivia na favela Três Marias, em Campinas (onde morou de 1962 até sua morte, em junho de 1998), Roseno expressava seus sonhos e observações do cotidiano através de suas pinturas, muitas vezes utilizando materiais improvisados encontrados no lixo: pedaços de latas, papelão, madeira e restos de esmalte sintético.

Quando encontrava algum desenho que fosse do seu gosto, recortava-o em latas de vários tamanhos para usar como modelo, além de usar outros materiais que encontrava pelo caminho, como a lã, mais disponível em épocas de frio. Seu barraco era sua tela, onde cores vibrantes e figuras contornadas em preto ganhavam vida, revelando uma poesia visual única. Nas obras, as diversas aspirações do artista são representadas, mas uma delas se repete em toda a sua arte: “Queria ser um passarinho para conhecer o mundo inteiro!“

Com cores fortes, escrevia nos quadros: “Este desenho foi fundado em 1961“, referindo-se ao início de sua carreira em desenho, pintura e fotografia, com um “professor espanhol“, em São Paulo. Mesmo sendo semianalfabeto, as palavras sempre fizeram parte de sua expressão poética, como signos herméticos, expostos respeitando a anterioridade das figuras e evidenciando desconhecimento das regras gramaticais. Amigos e crianças da favela o ajudavam com a leitura e as anotações em um caderno, que eram fotocopiadas para serem coladas na parte de trás dos quadros. Os bilhetinhos, carregados de informação com as mais diversas letras, avisavam sobre os materiais, processo de criação, execução, conservação da pintura e arrematavam: “Quem pegar esse desenho guarda com carinho. Pode lavar. Só não pode arranhar. Fica para filhos e netos. Tendo zelo, dura meio século.”

Impressionado pela singularidade da obra de Roseno, o curador Geraldo Porto conta que a primeira vez que viu seus quadros foi em uma exposição coletiva de artistas primitivistas no Centro de Convivência Cultural de Campinas, em 1988. “Naquele instante, tive a certeza de estar diante de um artista raro“. Ele acrescenta que o pintor já se destacava entre os demais. Depois de ganhar notoriedade , passou a ser “chamado pelos jornalistas de ‘pintor pop da favela’, – fazendo referência ao Pop Art, movimento norte-americano dos anos sessenta – porque seus quadros misturavam imagens, fotografias, propagandas e palavras como nos cartazes comerciais“, explica Porto, acrescentando que Antônio Roseno desconhecia não somente este, mas qualquer outro movimento artístico, mas queria ver o seu trabalho nos outdoors da cidade.

Como forma de rebater reportagens da época, que o demonstravam como favelado, analfabeto e doente, passou a escrever em seus quadros em letras garrafais: “Sou um homem muito inteligente“, no intuito de se livrar dessas imagens tão negativas. A.R.L. viveu com Soledade, sua grande companheira na vida, e mesmo diante da devoção de sua mulher, o artista insistia em repetir em sua obra: “Nunca tive amor na vida“, independentemente das quase quatro décadas de relacionamento que os dois mantiveram.

Em 1991 Geraldo fez a curadoria da primeira exposição individual de A.R.L., na galeria de arte contemporânea Casa Triângulo, de Ricardo Trevisan, em São Paulo. Logo após, uma televisão alemã fez uma matéria sobre Roseno, veiculada na Europa durante a Documenta de Kassel, uma das maiores e importantes exposições da arte contemporânea e da arte moderna internacional que ocorre a cada cinco anos na cidade de Kassel, na Alemanha. O jornal brasileiro Folha de São Paulo recomendou sua mostra como uma das melhores da temporada. Seus trabalhos hoje figuram em publicações de renome mundial. Roseno faleceu em  1998, quando uma boa parte de seus trabalhos já estava em coleções de arte no Brasil e no exterior. Infelizmente, outra grande parte foi descartada pelo caminhão da prefeitura, chamado pela família para limpar a casa.

Assim como Arthur Bispo do Rosário, A.R.L. faz parte desses “artistas virgens” ou “outsiders“, autores dessa “arte incomum“. Para Geraldo Porto, Antônio Roseno “é sim um artista outsider, pela originalidade do seu processo criativo. Sua criatividade desconhecia limites entre fotografar, pintar ou escrever. Analfabeto, ele escrevia; fotógrafo, ele pintava; pintor, ele tecia. Pintava para não adoecer”. Ele retratava o cotidiano, coisas simples que o faziam feliz. “Perguntei-lhe por que pintava tantas vacas: ‘Porque eu gosto muito de leite’, ele me respondeu“.

Pedaços da alma e da vida

Com o intuito de desvendar as diferentes camadas da obra de Antônio Roseno de Lima, a exposição que ocupará o segundo andar do CCBB Rio, está dividida em seis seções, apresentando um panorama completo das diversas facetas do artista. Na primeira delas, “O Bêbado“, vislumbramos as raízes de A.R.L. em sua arte, em que se destacam cores chapadas e não existem meios-tons ou efeito de claro-escuro, e prolifera o uso de palavras. Iniciada em 1975, essa série traz rostos com olhos embaralhados pela bebida, trabalho que o projetou como artista no mercado internacional, se tornando sua marca registrada. Em “Recortes da Cidade“, mergulhamos nas aspirações e fantasias do artista, onde o vemos estampado em notas de dinheiro (fora de circulação); a casa bonita, colorida e com luz elétrica; o prédio moderno e a fábrica onde almejava trabalhar.

Na seção “Presidentes“ figuram fatos históricos e figuras notáveis como Afonso Pena, Nilo Peçanha, Getúlio Vargas, Mário de Andrade e Santos Dumont, o seu maior ídolo (aquele que provavelmente inspirou seu desejo de ser um passarinho). Já em “O Fotógrafo“, temos reflexos de sua grande paixão, o ofício que aprendeu a exercer aos 35 anos, em São Paulo capital, e tentou manter vivo no interior (Indaiatuba), mesmo depois de fechar seu estúdio por falta de recursos. “Frutos, Flores e Animais” trazem composições de galos, sapos, cavalos, gatos, capivaras e onças ou ainda quadros com traços quase “picassianos” de vacas. “Mulheres e Santas” completa o passeio pela alma criativa de Roseno, um admirador que gostava de retratar mulheres, e que seguiu as homenageando em forma de sereias ou à imagem de Nossa Senhora Aparecida.

Além disso, a exposição contará também com duas instalações. Em “Foto Santo Antônio“, são projetadas imagens em looping, formando um vídeo com diferentes fotografias tiradas por Roseno,  a maioria delas em preto e branco e outras com suas intervenções coloridas à mão. Inclusive, grande parte de suas fotografias está hoje no Centro de Memória da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Em “A.R.L Animado“, cerca de 20 obras foram aqui reimaginadas por Nélio Costa. As imagens, criadas a partir do desmembramento e transformação de elementos das obras originais, respeitam a integridade do trabalho de Antônio. Cada obra selecionada recebeu um tratamento personalizado, resultando em uma experiência única para os espectadores, que poderão apreciar a produção artística sob uma nova perspectiva.

Como parte do seu programa de inclusão social, visando garantir o acesso a um número maior de visitantes, a mostra traz QR Codes nas fichas de identificação de todos os seus quadros, possibilitando a audiodescrição de cada um deles. Outra iniciativa de acessibilidade é a leitura tátil de três telas que estão reproduzidas em MDF, com texturas variadas: “Bêbado com Cigarro I” (1986), que traz uma das representações mais emblemáticas da carreira de Roseno, um homem com três fileiras de orelhas, sobrancelhas, olhos, narizes e bocas, cada uma com um cigarro entre os lábios, “O Galo é Marido da Galinha I” e “Abacaxi” (ambos sem data), que também estão entre os temas mais recorrentes do artista.

A partirr da exposição “A.R.L. Vida e Obra”, o público vai poder conhecer quem foi Antônio, um entre cinco irmão, nascido em 1926, na cidade de Alexandria (RN), que aos 22 anos decidiu sair da roça para morar na cidade, auxiliando sua madrinha a produzir e comercializar doces. Aos 30 anos, largou o casamento com Cosma, com quem teve cinco filhos, para buscar uma vida melhor em São Paulo. Ali se dedicou à fotografia, antes de se estabelecer na favela Três Marias, em 1962, onde produziu a maior parte de sua obra.

Apesar de afirmar que nunca encontrou o amor, viveu ao lado de Soledade, uma líder comunitária, a quem ele dedicava todos os maiores cuidados. Uma amiga com quem brigava e fazia as pazes, sua companhia na alegria, mas principalmente nos momentos de saúde debilitada. Das dificuldades e do desconhecimento público em vida, o trabalho de Roseno, que resume sua história, ganhou reconhecimento internacional, com suas obras sendo exibidas em museus renomados em todo o mundo. Um legado que inspira e emociona até os dias de hoje.

Sobre Geraldo Porto

Professor Doutor em Artes pela UNICAMP, sempre foi um apaixonado colecionador, além de premiado artista plástico contemporâneo com notável currículo de exposições oficiais, mostras individuais e curadorias com reconhecimento internacional. Sua pesquisa na Pós do Instituto de Artes da Unicamp sobre a obra de Antonio Roseno de Lima obteve ótimo acolhimento em publicações oficiais na Europa e grande repercussão na imprensa nacional.

Passa a vida escrevendo, desenhando, pintando, colando, costurando, fotografando e filmando numa gama de procedimentos e experiências expressivas diferentes, com uma efervescência criativa contextuada numa sociedade em ebulição e uma multiplicidade de linguagens características da Arte Moderna, na qual se insere. Contracultura, liberdade, a função social da arte e o engajamento político do artista fazem parte de seu repertório.

 
Serviço:
“A.R.L. Vida e Obra” de Antônio Roseno de Lima
Curador | Geraldo Porto
Local: Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro
Endereço: Rua Primeiro de Março, nº 66 – 4º andar – Centro, Rio de Janeiro/RJ
Período: 04 de setembro a 28 de outubro de 2024
Funcionamento: De quarta a segunda, das 9h às 20h (fecha às terças).

Contato: (21) 3808 2020 | ccbbrio@bb.com.br
Acesso: Gratuito, mediante retirada de ingresso na bilheteria física do CCBB Rio ou no site  bb.com.br/cultura 
Classificação Indicativa | Livre
 
Digital: IG Antonio Roseno de Lima
CCBB Rio – Instagram – Facebook – Twitter –  site

ARTE CULTURA DESTAQUE ESTILO EVENTO EXPOSIÇÃO
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