O Festival Benengeli é um evento único na língua espanhola por sua dimensão mundial. A rede do Instituto Cervantes se ativa durante a semana de sua duração, de 10 a 14 de junho de 2024, como um verdadeiro cérebro do idioma. Uma formidável rede neural que expressa as melhores ideias, com as melhores palavras, de um conjunto representativo da literatura em língua espanhola que, durante esses dias, percorre os cinco continentes.
Este ano, o Festival Benengeli cresce ainda mais; agora são 12 as cidades do mundo onde suas atividades se desenvolvem com convidados presenciais: Sydney, Manila, Budapeste, Utrecht, Bruxelas, Toulouse, Manchester, Madri, Casablanca, Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.
Mais de 110 autores de 25 países discutem, refletem, escrevem e falam durante essas datas na nossa língua e sobre a nossa língua. Alguns, diante do público. Outros através das ondas de rádio, das imagens dos meios de comunicação e da internet. Um festival planetário que constitui uma ocasião excepcional para reafirmar o valor da língua espanhola e a necessidade de cuidá-la e de fazer dela a melhor ferramenta para a criação e a reflexão.
Vozes de uma grande diversidade estética e geracional que abordam o tema central deste ano: “Literatura: humor ou tragédia”, a partir do qual refletem sobre se essas antigas categorias continuam vigentes na criação contemporânea em língua espanhola ou se são os matizes e os cruzamentos entre ambas que marcam a imaginação atual.
Benengeli: o único festival literário que percorre os cinco continentes dá as boas-vindas.
O Instituto Cervantes de São Paulo celebra o festival com duas atividades. A primeira será no dia 13 de junho, às 19h, na Livraria Megafauna, com um encontro entre a escritora peruana Katya Adaui e o brasileiro Lucas Verzaola, que dialogarão sobre o humor e a tragédia na Ibero-América e no Brasil.
A segunda atividade reúne, na sede do Instituto Cervantes de São Paulo, importantes nomes da literatura, como Gabriela Alemán, do Equador, Alberto Barrera Tyszka, da Venezuela, Katya Adaui, do Peru, e Marcelino Freire, do Brasil, que dialogarão sobre o humor e a tragédia no processo de criação, mediados pela escritora venezolana María Elena Morán.
Dia 13 de junho, às 19h
Humor e Tragédia na Literatura na Ibero-América e Brasil
Katya Adaui (Peru) e Lucas Verzaola (Brasil)
Local: Livraria Megafauna
Dia 14 de junho, às 19h
Mesa redonda: Humor e Tragédia na Literatura na Ibero-América e Brasil
Katya Adaui (Peru)
Alberto Barrera Tyszka (Venezuela)
Gabriela Alemán (Equador)
Marcelino Freire (Brasil)
Mediadora: María Elena Morán
Local: Instituto Cervantes de São Paulo
Atividade presencial
Inscrição prévia: cultsao@cervantes.es
Sobre os participantes
María Elena Morán é escritora e roteirista radicada em São Paulo, Brasil. Formada em Roteiro Cinematográfico pela EICTV, Cuba (2012); e mestre e doutora em Escrita Criativa pela PUCRS, Brasil (2022). Seu primeiro romance, Os Continentes de Dentro, foi publicado em 2021 no Brasil (Zouk) e na España (Ménades). Foi vencedora do Premio de Novela Café Gijón 2022 com Volver a cuándo, publicado por Siruela em 2023 na España. Desde 2023, trabalha como editora na Diadorim, uma editora brasileira independente.
Alberto Barrera Tyszka (Caracas, Venezuela, em 1960) ganhou o Prêmio Herralde de Novela com La enfermedad em 2006 e, em 2015, recebeu o Prêmio Tusquets com seu romance Patria o muerte. Além de romances, ele publicou livros de contos, poesia e crônicas jornalísticas. Seus artigos de análise e opinião foram publicados em veículos como El País, The New York Times e El Nacional da Venezuela. Ele também trabalhou como roteirista em diversos países. Atualmente reside na Cidade do México.
Marcelino Freire nasceu em 1967, em Sertânia, Pernambuco. É conhecido por suas obras, constantemente adaptadas para o teatro, e por sua atuação como professor de oficinas de criação literaria. Vive em São Paulo. Escreveu, entre outros, Contos Negreiros (Editora Record, 2005), com o qual foi vencedor do Prêmio Jabuti, livro também publicado na Argentina e no México. Em 2013 lançou, pela Editora Record, o romance Nossos Ossos (Prêmio Machado de Assis). É o criador e curador da Balada Literária. Em 2021 saiu pela José Olympio a Seleta com seus contos preferidos.
Gabriela Alemán é equatoriana e publicou dez livros de ficção, incluindo romances, contos, crônicas e uma novela gráfica. Suas publicações mais recentes são Los limones del huerto de Elizabeth, pela FCE, México: 2024, e Matilde. Con el puño abierto, pela Ed. Universidad Central, Quito: 2024. Ela recebeu um doutorado pela Universidade de Tulane em Nova Orleans (sua tese foi sobre o cinema de ficção equatoriano). Gabriela Alemán foi agraciada com a bolsa Guggenheim, recebeu duas vezes o Prêmio Joaquín Gallegos Lara de melhor livro publicado, o prêmio César Dávila Andrade e o primeiro prêmio CIESPAL.
Katya Adaui (Lima, 1977). Finalista do Prêmio de Narrativa Breve Ribera del Duero 2024 por Un nombre para tu isla. Autora dos livros, entre outros, Geografía de la oscuridad (Prêmio Nacional de Literatura 2023 do Peru), Quiénes somos ahora (Mapa de las Lenguas, 2023) e Nunca sabré lo que entiendo. Também é autora de quatro livros infantis, incluindo Otra cosa (Prêmio White Ravens 2023, Prêmio Fundación Cuatrogatos 2023 e selecionado pela Feira Infantil do Livro de Bolonha 2023). Vive em Buenos Aires, onde leciona oficinas de escrita na Universidade Nacional de Artes (UNA).
Lucas Verzola é escritor e editor paulistano. Autor de livros de contos, o mais recente Infelizes à sua maneira . Vencedor do ProAc 2015 – Governo do Estado de São Paulo, na modalidade criação literaria-prosa; e de São Paulo depois de horas (Patuá, 2014), pré-selecionado pelo Prêmio SESC de Literatura 2014 na categoria contos. Responsável por parte da programação de duas casas da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) – Cadeia Literária (Flip 2019). Editor da revista Lavoura.