
A Celine retorna a semana de moda de Paris, Michael Rider apresenta uma coleção menos carregada de acessórios e repleta de peças desejo.



A combinação que Michael propõe na coleção é interessante, sobretudo, quando acrescenta suas próprias referências. As calças skinny da era Slimane e a alfaiataria precisa de Philo que se caracteriza por um minimalismo sofisticado com inspirações masculinas , combinando peças de alfaiataria clássica com elementos desconstruídos que ganham os acentos preppy estadunidense, os traços da estética preppy estadunidense remetem à cultura das escolas preparatórias e universidades de elite da Costa Leste dos Estados Unidos, com polos coloridas e blazers de abotoamento duplo – o estilista foi diretor de design da Polo Ralph Lauren.


Os ombros dos paletós são imponentes e rígidos, enquanto as saias são suaves e fluidas, construídas a partir de megas lenços. Aliás, continuam como o acessório-chave da coleção: aparecem amarrados no pescoço e em bolsas, são usados como blusa ou costurados ao forro de trench coats. Já as estampas, como florais e listras, colorem vestidos ora curtinhos e armados, ora longos e colados ao corpo.





A proposta final é menos carregada de adornos do que a coleção anterior, a de resort 2026, e mais afinada em sua direção estética. O foco está novamente nas peças soltas e nas possibilidades mil de styling. A ausência da tal quebra radical em relação ao passado pode soar como hesitação. Contudo, neste segundo desfile, Michael Rider afirma com mais firmeza o caminho que deseja seguir na Celine.

POR FRANCISCO MARTINS – COLUNISTA DE MODA
CELINE I MICHAEL RIDER I VERÃO 2026 I PFW
@celine


