Não sei vocês, mas a minha cabeça dá um certo bug quando o tema é mundo paralelo.
Aliás, apesar de ter ficado bem feliz com a vitória da atriz Michelle Yeoh, protagonista do filme “Tudo e todo lugar ao mesmo tempo”, no Oscar desse ano… Confesso que fiquei perdida com a história cinematográfica.
Porém, esse é um assunto que acho bem interessante. E aí que decidi embarcar em um livro chamado “A biblioteca da meia-noite”, de Matt Haig. Não aborda somente sobre realidade alternativa, mas quando fala é de um jeito que faz o leitor refletir de uma forma tão leve e, relativamente, fácil de entender. 🙂
Mas antes de começar a resenha, vamos à sinopse: aos 35 anos, Nora Seed é uma mulher cheia de talentos e poucas conquistas. Por conta de muitas tristezas e arrependimentos, ela já não vê muito sentido em sua existência. Mas é em uma biblioteca que ela tem a oportunidade de mudar o rumo da sua história.
Esse local permite que a personagem viva outras vidas em que suas tomadas de decisões são diferentes da vida real. Ela fica esperançosa, porém, nem sempre as coisas ocorrem como o esperado. Então, antes que o tempo acabe, Nora precisa responder uma pergunta: o que faz tudo valer a pena?
Por aqui, eu favoritei essa leitura. Afinal, ela fala sobre inúmeras realidades e, principalmente, sobre possibilidades. Através de capítulos curtos e uma escrita fluida, o autor nos prende com a(s) história(s) da Nora Seed. A cada vida que ela experimenta, o leitor aprende uma lição.
Às vezes, eu me pergunto “será que a Carol de uma vida paralela fez escolhas diferentes dessa Carol daqui?”. Provavelmente, eu nunca terei essa resposta (hahaha) e “A biblioteca da meia-noite” abre nossos olhos para o que realmente importa. Ela mostra a pergunta mais importante que devemos fazer.
Não existe perfeição e, sim, o aqui e o agora. Meio clichê, eu sei. Mas, às vezes, ficamos tão presos no “e se” e tentando entender cada detalhe, que acabamos nos impedindo de ver as inúmeras chances de aproveitar o presente.
No mais, fala sobre família, amigos, arrependimentos. Aborda sobre nossos sonhos e sonhos das outras pessoas para a gente. Enfim, uma biblioteca e infinitos livros. Uma premissa que instiga, uma capa e um título que chamam atenção e um conteúdo que faz jus ao hype todo desta obra.
Então, se você gosta do filme que citei no começo e quer ler algo que tenha a mesma vibe, recomendo. Ficou perdido, mas se interessa pelo assunto? Recomendo ainda mais.
Aliás, obrigada pelo melhor livro que li esse ano, Matt. Tão bom favoritar leituras que aquecem o coração e funcionam como uma terapia. Meu mundinho literário ficou mais rico e sinto que de uma certa forma amadureci nas entrelinhas. 🙂